Antes de explicarmos o que é Automação Industrial, é fundamental entender o contexto histórico que deu origem a esse conceito e sua evolução ao longo do tempo. Tudo começa com a Revolução Industrial, que teve início por volta da segunda metade do Século XVII, mais precisamente na Inglaterra, e se estendeu para outros países europeus e posteriormente para os Estados Unidos. Esse período ficou conhecido como os “anos dourados”, marcando uma profunda transformação nos modos de produção e na estrutura econômica e social da época.

Até então, a produção era majoritariamente artesanal, feita manualmente por trabalhadores especializados, com baixo volume e limitada capacidade de escala. No entanto, com o surgimento de novas tecnologias, como a máquina a vapor e os primeiros teares mecânicos, iniciou-se um processo de mecanização que possibilitou a produção em maior escala, com mais rapidez e menor custo. A partir desse momento, as pessoas passaram a se familiarizar com o conceito de automação, ainda que de forma rudimentar, pois as máquinas começaram a substituir parte do trabalho humano.

Essa necessidade crescente de expandir e massificar a produção tinha como principal objetivo aumentar os lucros, reduzir custos e potencializar a geração de capitais. Com isso, as indústrias buscaram aprimorar constantemente seus processos, migrando do modelo artesanal para um sistema mais eficiente e padronizado. Esse movimento também foi o ponto de partida para o desenvolvimento de conceitos como o Lean Manufacturing, ou manufatura enxuta, que visa eliminar desperdícios, otimizar recursos e melhorar continuamente a produtividade.

Ao longo dos anos, essa evolução não parou. Posteriormente, com o avanço da eletrônica e da informática no século XX, novas tecnologias surgiram, como sensores, controladores lógicos programáveis (CLPs) e sistemas computacionais integrados, consolidando o que hoje conhecemos como Automação Industrial — uma área essencial para o aumento da competitividade das indústrias no cenário global.